sexta-feira, 6 de junho de 2014

Comunicação Alternativa e Autismo

Comunicação Alternativa e Autismo

A Comunicação Alternativa (CA) é uma área da tecnologia assistiva que se destina especificamente à ampliação de habilidades de comunicação. É direcionada às pessoas sem fala ou sem escrita funcional ou em defasagem entre sua necessidade comunicativa e sua habilidade de falar e/ou escrever.

Encontramos indivíduos que, por comprometimentos cognitivos, motores ou emocionais, são incapazes de desenvolver linguagem ou utilizá-la de forma funcional para fins comunicativos.  Nesta população especial encontram-se as pessoas com autismo. O autismo é uma síndrome que atinge 4 em cada 10000 habitantes, que se caracteriza pelo déficit na interação social, distúrbios de comunicação e da linguagem e padrões atípicos de comportamento.

A nomenclatura empregada para a área de CA é diversificada, como por exemplo: Comunicação Aumentativa e Alternativa; Comunicação Alternativa e Suplementar e Comunicação Alternativa e Ampliada, entre outras.

O significado do termo Comunicação Alternativa é ampliado e usado para definir diferentes formas de comunicação como o uso de gestos, as expressões faciais, o uso de pranchas de alfabeto ou símbolos pictográficos, até o uso de sistemas sofisticados de computador com voz sintetizada.

Os recursos são constituídos por objetos ou equipamentos, por meio dos quais se consegue transmitir uma mensagem. Tais recursos utilizados em CA podem ser tanto de baixa quanto de alta tecnologia. Os de baixa tecnologia podem ser representados por gestos manuais, expressões faciais, Código Morse e através de signos gráficos. Os signos gráficos podem ser elaborados por meio da escrita, de desenhos, de figuras (fotos, gravuras, entre outros) e de símbolos pictórios. Para tanto, é possível utilizar os mais variados sistemas de CA, através dos quais podem ser elaboradas pranchas, painéis, carteiras, entre outros.

Atividade de CA de baixa tecnologia: Prancha de Comunicação -Rotina



Púbico Alvo: Alunos com TEA – Transtorno do Espectro Autista, em processo de alfabetização (5 a 8 anos).

Local de utilização: sala de aula comum ou no Atendimento Educacional Especializado (AEE).

Objetivo: Estimular o aluno em sua autonomia e organização, possibilitando o reconhecimento significativo de suas ações diárias.

Desenvolvimento:

·         A rotina deve ser apresentada no início da aula/atendimento;

·         Organização cronológica e clara das atividades planejadas;

·       Sempre que avançar alguma atividade, lembrar de mostrar ao aluno qual será a próxima atividade, lembrando de mostrar ao aluno qual será a próxima atividade. Exemplo: terminamos a pintura, agora iremos ao parque! (apontar e mostrar a figura que representa o “porque”);

·    Os alunos com autismo possuem boa memória e isso deve favorecer o aprendizado e organização;

·   Dar ao aluno momentos de relaxamento e descontração, colocar na rotina momentos de brincar ou algo que ele goste;

·   A rotina para os alunos iniciantes deve ter o mínimo de estímulos possíveis, isso facilitará para a criança focar a atenção e evitar distrações nos detalhes, focando apenas nas atividades que deverão ser realizadas;

·     Para o aluno que se encontra no processo inicial de leitura (com valor sonoro ou pré-silábico), propor a organização da rotina escrita, possibilitando o aumento do repertório de palavras e estimulando a leitura;

·     Propor de acordo com a tolerância, atenção e limite do aluno, mais ou menos 15 minutos antes do início da aula e 15 minutos antes de acabar a aula, por meio de brincadeiras ou algo que o deixe relaxado, sendo uma forma de incentivo para a realização das mesmas.

A construção e apresentação da rotina é o desenvolvimento prático do planejamento diário da vida do aluno e, por meio dessa ação, conseguimos ajudá-lo a se concentrar nas atividades e auxiliar nas aquisições dos conceitos necessários para o seu desenvolvimento e autonomia.

Referências:

BEZ, M. R Comunicação Alternativa e TEA. In: Curso de Atendimento Educacional Especializado. Disciplina: AEE E TGD. 2014

Revista Mundo da Inclusão – A Revista do Educador. Ano 2 – nº 29, p. 14.








Um comentário:

  1. Obrigada Colega pela sua contribuição para esclarecimentos a respeito do TEA, o que nos aponta caminhos possiveis para o desenvolvimento cognitivo e social de alunos com autismo.

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